Pense em Jersey Shore. Qual é a cor que lhe vem à cabeça? Laranja? Bingo. O mesmo tom falso que Valentino e Donatella Versace exibem há anos, faça chuva ou faça sol. Depois de se ter tornado numa moda e, em alguns casos, num vício, o solário começou a ser falado sobretudo pelos malefícios que podia trazer a longo prazo à pele. Mas não foi por isso que as pessoas deixaram de sonhar com ter um tom de pele dourado - não laranja.

A investigação científica que é a base da poderosa indústria cosmética não parou de procurar alternativas para dar ao consumidor aquilo que ele tanto deseja. A Portugal, a mais recente promessa de bronzeado chega com o rótulo Fake Bake. A marca norte-americana, lançada pela Tomas LLC, nasceu para responder à procura de um bronzeado falso, mas saudável. Elaborado com os melhores extractos naturais de plantas, não há exposição a raios ultravioleta nem sprays que deixam manchas inestéticas no corpo quando a cor começa a desaparecer. Como? Isso foi o que fomos experimentar na pele.

Quando se vai fazer uma sessão Fake Bake, tem de ser ir bem preparado. Depilação, check! Nada de maquilhagem, check! Nada de cremes oleosos, check! Roupas largas, check! Com tudo em ordem, esperamos sentadinhos no Essentials Day Spa, em Lisboa, a beber uma infusão de ervas naturais enquanto aquecem a sala para nos receber. Olhando à volta somos confrontados com um poster do Fake Bake: a imagem de uma mulher com um físico de sonho e um tom de pele quase caramelo olha-nos nos olhos. As expectativas aumentam e é inevitável pensar “Eu também quero ficar assim.”

Entramos na sala quentinha, um forno pronto para o “bake”. Já de tanga descartável, o aroma dos óleos e a luz das velas convidam ao relaxamento do corpo. Deitados na marquesa, uma exfoliação dos pés à cabeça é o primeiro passo, sendo vital para que o produto penetre a pele. Depois de uma exfoliação intensa, já nem nos lembramos da razão pela qual viemos – pelo bronze ou pela massagem?

“Ao contrário de outros métodos de bronzeamento o tratamento Fake Bake não pinta a pele”, explica Sónia Silva, gerente do Essentials Day Spa. Os produtos contêm agentes naturais de bronzeamento, como o DHA, que estimulam as células mortas da pele dando-lhe um aspecto mais acastanhado. “Ou seja, os produtos Fake Bake mesclam-se com o tom natural da pele. As pessoas com um tom mais moreno conseguirão um bronzeado mais escuro do que aquelas que têm pele clara”, acrescenta. Daí que os seus efeitos sejam temporários, tendo uma durabilidade de cerca de 10 dias, porque as células mortas que estão na camada superior da pele, onde se aloja o produto, vão-se desgastando.

Segue-se um duche morno de 15 minutos, (aproveitamos ao máximo este momento de higiene já que, feito o tratamento, é recomendado que só se tome banho na noite do dia seguinte). Secamo-nos com um roupão aconchegante e estamos prontos para o bronze.

O ritual começa. Já sentimos a fragrância do creme, agradável e sem evocar químicos. Dois pares de mãos aplicam o produto massajando metodicamente, subindo pelo corpo. O habitual é que seja só uma terapeuta por sessão, mas quando há oportunidade, preferem fazer em conjunto para que seja mais fácil obter uma aplicação uniforme. Aqui há técnica, uma dança de mãos.

Feito à base de substâncias orgânicas, os autobronzeadores Fake Bake oferecem outros benefícios para além da cor, como o efeito anti-envelhecimento, anti-celulítico e antioxidante. Tendo vitamina E e D, também têm uma componente hidratante com acção sobre manchas e cicatrizes. Esta composição menos agressiva para a pele faz com que seja clinicamente recomendado a pessoas com hipersensibilidade ao sol.  

O tratamento está completo. Agora é só esperar 15 minutos “no forno” até o produto secar. Enquanto aguardamos, olhamos para o espelho, ansiosos por ver resultados. A mudança não é óbvia. Não se nota grande diferença em termos de cor, mas até estamos com melhor cara. Achamos normal, já que nos dizem que no dia seguinte é que se dá a reviravolta. “Deixe o bronzeador desenvolver-se de seis a oito horas, pelo menos”, lê-se no panfleto com as recomendações pós-tratamento. Também diz que “até o produto actuar mantenha a pele completamente seca”. Para além do mais, não podemos aplicar nenhum creme no corpo e é importante evitar actividades físicas que façam suar.

A manhã seguinte é “o momento da verdade”. Nota-se uma diferença de cor nas mãos que estão mais escuras. A barriga e as pernas estão com um bronze discreto. O rosto está com um certo glow. Não nos transformámos na miúda do poster, mas ficámos com um tom moreno natural.

Será este o resultado normal? Será que, se nos tivessem posto mais camadas do produto, ficaríamos com um bronzeado mais intenso? “A colocação de mais produto não vai fazer qualquer diferença no tom do bronzeado porque não vai ser absorvido pela pele”, esclarece Sónia Silva. “Como os produtos Fake Bake reagem com o pigmento natural da sua pele, os resultados variam de pessoa para pessoa.” Resumindo e baralhando, não saímos com o tom de Gisele Bündchen, mas subimos um degrau na nossa escala particular de tom de pele. Ninguém pensará que passámos um dia ao sol, mas nos dias seguintes repararão que temos “um ar mais fresco”.  

Essentials Day Spa Bairro Azul
Rua Fialho de Almeida, nº4 C, 1070-129 Lisboa
Marcações: 21 099 74 31
Preço por sessão:  Fake Bake Deluxe (aplicação com massagem) €60; Fake Bake jacto (aplicação com spray) €20