O verde Greenery, no código de cores da Pantone correspondente ao 15-0343, vai dominar o ano de 2017 em todas as áreas do design bem como exprimir os estados de espírito dos consumidores ao longo de 2017 – o Life&Style seleccionou peças de roupa, de decoração ou até tecnológicas desta cor.



“É o verde que assinala a vitalidade, a energia e o calor do sol”, justificou Laurie Pressman, vice-presidente do Instituto Pantone sobre o tom verde amarelado, que evoca os primeiros dias de Primavera.

Leatrice Eiseman, directora executiva do instituto que detém a paleta de cores mais famosa do mundo, acrescenta ao jornal norte-americano New York Times que este tom particular de verde é uma cor pouco comum: “é uma combinação de amarelo e azul, ou calor e frio”, explica, falando num “casamento” de cores “complexo”.

Este verde “é a cor da esperança e a nossa ligação à natureza”, acrescenta, e está associado aos sentimentos de “regenerar, refrescar, revitalizar, renovar”, num mundo que sabemos ser “stressante e muito tenso”.

O último ano, 2016, pintou-se com dois tons, o rosa Quartz e o azul Serenidade, não só um aceno à igualdade de género mas também uma combinação que “expressava a necessidade de harmonia num mundo caótico”. Agora, o verde Greenery “surge como uma resposta à nossa vontade de, no meio de um cenário sócio-político complexo, satisfazer um desejo cada vez maior de rejuvenescer, revitalizar e unir.”

“Há um conceito japonês chamado ‘banho de floresta’ que diz que quando uma pessoa sente stress, uma das melhores coisas a fazer é caminhar na floresta. Mas se não puder fazer isso, qual é a alternativa? Trazer o verde para o seu ambiente. Coloque-o no corpo, em casa ou perto da secretária. Essa mensagem simbólica é muito importante”, explicou Eiseman.

Desde 2000 que a Pantone escolhe a cor símbolo do ano – o processo demora cerca de nove meses e é “altamente subjectivo”, reconhece a empresa ao New York Times, baseando-se mais em instinto do que em ciência. Durante este período, são analisados desfiles de moda, feiras de decoração ou de carros, street art, longas-metragens ou arquitectura. “Capturámos um instantâneo do que está a ser expresso através da cor”, explicou Laurie Pressman.