- Angelina Jolie posa para os fotógrafos. REUTERS
- Em Junho de 2013, na estreia do filme World War Z, Angelina Jolie regressa aos olhos do público depois de ter rebentado nos media a notícia da sua dupla mastectomia REUTERS/Neil Hall
- Setembro de 2012: Angelina Jolie, embaixadora do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, em missão junto dos refugiados sírios no Líbano REUTERS/Jason Tanner
- A actriz na passadeira vermelha da 84ª edição dos Óscares, em Fevereiro de 2012 REUTERS/Lucas Jackson
- Na 68ª edição dos Golden Globe Awards, em Janeiro de 2011, Angelina deslumbrou num vestido verde-esmeralda REUTERS/Mario Anzuoni
- Julho de 2010: Angelina chega ao Japão com quatro dos seus seis filhos REUTERS/Toru Hanai
- Maio de 2011: Angelina Jolie e Brad Pitt são fotografados na 64tª edição do festival de Cannes REUTERS/Jean-Paul Pelissier
- A actriz grávida na 61ª edição do festival de cinema de Cannes, em Maio de 2008 REUTERS/Eric Gaillard
- Na estreia do filme Ocean's 13, em Maio de 2007 REUTERS
- A dupla "Brangelina" mostra-se sempre muito carinhosa em público REUTERS/Mario Anzuoni
- Novembro de 2006: Brad Pitt e Angelina Jolie com os filhos Maddox e Zahara em Mumbai REUTERS/Prashanth Vishwanathan
- Novembro de 2005: Angelina Jolie e António Guterres estiveram em Islamabad numa conferência do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados REUTERS/Mian Khursheed
- Angelina brinca com um refugiado afegão REUTERS
- Especialistas em linguagem corporal especulam que durante a ante-estreia de Mr. and Mrs. Smith Angelina e Brad já estivessem envolvidos, apesar de se esforçarem para não o denunciar REUTERS
- Em Novembro de 2004 na ante-estreia do filme Alexandre, O Grande REUTERS
- A actriz visita um campo de refugiados no Chade REUTERS
- Em Março de 2004, na ante-estreia de Taking Lives REUTERS
- Angelina e um memorável vestido branco durante a 76ª edição dos Óscares, em Fevereiro de 2004 REUTERS
- Angelina Jolie no campo de refugiados de Ingushetia, em Agosto de 2003 REUTERS
- Angelina Jolie é nomeada embaixadora da boa vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados em Agosto de 2001 REUTERS
- Angelina e a sua mãe Marcheline Bertrand, em Julho de 2001 REUTERS
- Tomb Raider, onde a actriz interpreta a heroína Lara Croft, foi o filme que catapultou definitivamente Angelina para a fama
- Março de 2000: Angelina e o irmão James posam para os fotógrafos na noite em que a actriz levou um Óscar para casa REUTERS
- Angelina Jolie na 58ª edição dos Golden Globe Awards, em Janeiro de 2001 REUTERS
- O actor Jon Voight, pai de Angelina Jolie, entregou à filha o prémio de melhor actriz num papel secundário no ShoWest Awards Show, em Março de 2000 REUTERS
- Em Janeiro de 1998, Angelina Jolie ganhou o seu primeiro Golden Globe na categoria de melhor actiz num papel secundário REUTERS/Str Old
- Janeiro de 1999: Angelina Jolie chega à 56ª edição dos Golden Globes. Nesse ano, voltou a levar um prémio para casa, desta vez na categoria de melhor actriz num papel principal REUTERS/Fred Prouser
Perfil
Angelina Jolie: A vida dela dava muitos filmes
Recuemos 13 anos no tempo. Angelina Jolie – que, na altura, era a “menina má” de Hollywood – provou definitivamente ser mais do que uma cara bonita e levou para casa o seu primeiro Óscar. Num vestido Versace que parecia saído do guarda-roupa de Morticia Adams, chocou o mundo ao beijar o irmão na passadeira vermelha. Mas este não foi o único escândalo da vida da actriz. Desde um polémico romance lésbico até ao pendente de vidro que trazia ao pescoço com sangue do seu segundo marido, as controvérsias foram muitas. Nada fazia prever que, um dia, Angelina Jolie viria a tornar-se numa embaixadora de causas humanitárias e a ser considerada um modelo a seguir por mulheres em todo o mundo.
Aos 14 anos de idade, Angie, como é carinhosamente tratada, queria ser agente funerária. Hoje em dia, a actriz suaviza a afirmação garantindo que a única razão para esse sonho bizarro foi o facto de não ter gostado da forma como o funeral do avô foi conduzido. Porém, não há como negar: a actriz teve uma fase "negra" na sua vida.
Angelina Jolie era uma excêntrica aos olhos do público. O fascínio por facas e sangue emprestava-lhe a fama de gótica, na melhor das hipóteses. Quando casou com o actor Johnny Lee Miller, usou um vestido de noiva muito original: uma T-shirt com o nome do marido escrito com o próprio sangue. Ainda estava casada quando começaram a circular os rumores de um romance com a actriz e modelo Jenny Shimizu, uma relação rápida mas intensa, que levou Angelina a assumir a sua bissexualidade.
Depois, com Billy Bob Thornton veio um casamento de dois anos, durante o qual o casal usou ao pescoço um frasco de vidro com algumas gotas de sangue do outro. Thornton declarou que, certa vez, ao ver a mulher dormir, teve vontade de "apertá-la até a morte". Angelina considerou o desejo "a coisa mais romântica que alguém podia ouvir". Os dois separaram-se em Maio de 2003.
Porém, o comportamento errático de Angelina nunca a descredibilizou como actriz. Com apenas 23 anos levou para casa o seu primeiro Golden Globe e, dois anos depois, arrecadou um Óscar pelo seu papel no filme Girl, Interrupted. Mas foi com Tomb Raider que Angelina saltou definitivamente para o estrelato. A sua interpretação de Lara Croft pode não ter agradado à crítica, mas conquistou uma legião de fãs: os homens desejavam-na e as mulheres queriam ser como ela. Seguiram-se outros filmes de acção onde Angelina se encaixava perfeitamente: os traços exóticos, o olhar misterioso e os lábios voluptuosos emprestavam-lhe a dose certa de beleza e malícia para tornar qualquer filme num sucesso mundial.
Dizem que foi essa combinação letal que conquistou o coração de Brad Pitt, em 2005, durante a rodagem de Mr. And Mrs. Smith. A química entre os dois tornou-se bastante evidente, tanto que algumas cenas mais tórridas tiveram de ser cortadas antes do filme chegar às bilheteiras. Pouco tempo depois Brad Pitt divorciou-se da também actriz Jennifer Aniston numa das mais badaladas separações de Hollywood. No mesmo ano, nasceu o clã Jolie-Pitt quando o actor assumiu a paternidade de Maddox, o filho que Angelina adoptou no Camboja em 2002, onde enquanto embaixadora da boa vontade da ONU, a alertar para os efeitos das minas terrestres
Conhecida pelo seu apoio a causas humanitárias, Angelina já foi ao encontro de refugiados em mais de 30 países. “Quero consciencializar o mundo sobre a situação destas pessoas. Acho que elas devem ser elogiadas porque sobreviveram e nunca ser olhadas de cima”, afirmou a actriz.
Recentemente, a actriz tornou-se também na porta-voz de um outro problema que afecta milhões de mulheres em todo o mundo. Em Fevereiro deste ano, Angelina submeteu-se a uma dupla mastectomia de prevenção. Por outras palavras, resolveu cortar o mal pela raiz e reduziu as hipóteses de desenvolver um cancro da mama similar ao que causou a morte da sua mãe. “Decidi não manter a minha história em segredo porque há muitas mulheres que não sabem que podem estar a viver sob a sombra do cancro. Tenho a esperança de que elas também sejam capazes de realizar exames genéticos e que, se tiverem um alto risco, saibam que há mais opções”.
A curto prazo, Angelina pensa em terminar a carreira como actriz e em dedicar-se exclusivamente às causas humanitárias. Se assim for, é certo que a passadeira vermelha perderá um pouco do seu charme e encanto. Angelina habituou-nos às suas escolhas sofisticadas e ao seu passo elegante. Mas aquilo que apaixona milhares de pessoas é a sua capacidade para descalçar os saltos altos e utilizar a fama para abraçar projectos em lugares do mundo ao quais ninguém quer ir. A “menina má” parece que encontrou paz.