Novo álbum Unapologetic
Rihanna: 2012 é o ano do camaleão
Se 2012 é o ano de Rihanna, Novembro é o mês em que a moda caiu a seus pés. Capa da Vogue pela terceira vez, da GQ, e da Billboard, protagonista de um editorial com Kate Moss para a revista V e artista convidada do último desfile da Victoria’s Secret, Rihanna está numa das melhores fases da sua carreira.
Contra a crítica que afirma que a qualidade corre o risco de ser perder com um álbum lançado quase todos os anos, Unapologetic volta a subir as expectativas e a sublinhar Rihanna como uma das princesas da música pop, num dos seus trabalhos mais confiantes e confidentes. “Chamei ao meu álbum Unapologetic porque há apenas uma verdade, e não peço desculpa por isso”, Rihanna explica. E a verdade é que o dueto Nobody's Business não pede licença para incluir Chris Brown. Rihanna, que em 2009 foi vítima de violência por parte do cantor com quem então namorava, nunca deixou de expressar respeito pelo seu profissionalismo, e dá um passo em frente na afirmação da sua independência e amizade com o ex-namorado. Será que vão voltar? Há muitos sinais de que isso possa acontecer já que a cantora continua a declarar o seu amor eterno por Chris Brown.
O que aconteceu em Barbados, não fica em Barbados
A doce adolescente com alma de artista, que já tinha ganho alguns concursos de música - e de beleza - em Barbados, torna-se Rihanna quando o produtor Evan Rogers a descobre na sua terra natal e lhe arranja uma audição com Jay-Z, o presidente da Def Jam Records. “Demorou-me dois minutos a perceber que ela é uma estrela”, disse o rapper à revista People. O seu primeiro álbum, Music of the Sun, editado em 2005, torna-se um hit indispensável em qualquer pista de dança. Rihanna apresenta-se ao público como "a amiga que todos querem ter", com um look fresco e acessível onde impera o cabelo comprido beijado pelo sol. O segundo álbum, A Girl Like Me, (2006) foi editado apenas oito meses depois e garantiu-lhe quatro Billboard Music Awards, incluindo o de Artista do Ano. O destino estava traçado.
Covergirl, Nike, Clinique, Nivea, Gucci são marcas que representou ainda antes dos 22 anos. Camaleónica, sempre, quando se veste parece respeitar apenas o impulso do momento. É transversal a qualquer estilo e já mudou de cor e de corte de cabelo duas vezes na mesma semana. Já foi girly, rocker, elegante e sofisticada, grunge, andrógina e recriou o glamour da velha hollywood.
Em 2007 uma mudança visual acompanha o terceiro álbum, Good Girl Gone Bad, de onde sai Umbrella, o single que conta com a participação do seu mentor, Jay-Z, e que lhe dá o seu primeiro Grammy para Melhor Canção Rap/Colaboração. A imagem inocente torna-se mais edgy e rebelde, incorporando toda a sensualidade que já lhe conhecíamos de palco. Com cabelo curto pintado de preto, a roupa, dentro e fora de palco, torna-se mais provocadora. Cabedal, meias de rede, tops decotados, saias curtas e hot pants são o seu guarda-roupa de assinatura em palco. Nas passadeiras vermelhas, a menina inocente dá lugar a uma mulher que opta por vestidos que evidenciam o corpo, de padrões ou cores saturadas.
Com a nova imagem de Rihanna, chega uma nova confiança: “Antes pousava as mãos no colo e deixava-me ficar, tímida. Agora brinco e sou mais extrovertida”, afirmou. Como consequência aparece em numerosas capas de revista e inclusive é convidada para participar no desfile DSquared, em Milão, na Primavera de 2008.
O sabor agridoce do sucesso
Depois do muito mediático episódio de violência com Chris Brown, fotos da hospitalização que se seguiu escapam para a imprensa e tornam-na alvo dos paparazzi. Rihanna nunca se pronunciou sobre este momento. A sua reacção surgiu na forma de trabalho filantrópico junto de jovens mulheres na protecção contra a violência doméstica sendo, ainda em 2009, condecorada Mulher do Ano pela revista Glamour. A fundação que criou em 2006, The Believe Foundation, quando tinha apenas 18 anos, para ajudar crianças com doenças terminais, já mostrava o seu interesse por causas sociais.
Paralelamente, investe no seu interesse pela moda, assumindo uma nova mudança de direcção. A "badgirlriri" (o seu nickname no Instagram) amadurece, toma conta da sua música e da sua imagem. Em entrevista à revista W, confidencia que Rated R é o espelho de si própria, aventurando-se até na escrita das letras: “Foi mesmo pessoal, sou eu na forma mais autêntica. Cada dia com uma disposição diferente. Cada música conta uma história.”
Em 2011, o sex appeal por que é tão conhecida garante-lhe o título de Mulher Mais Sexy pela revista Esquire - característica que possui de forma nada intencional, como já explicou. Mas foi ao apelo pela sétima arte que respondeu em 2012 ao contracenar no filme Battleship, que no fim-de-semana de estreia arrecadou 26 milhões de dólares. Foi a sua estreia como actriz, ao lado de actores como Taylor Kitsch e Alexander Skarsgard, pela qual recebeu o prémio Choice Movie Breakout nos Teen Choice Awards de 2012.
Rihanna não põe de parte a criação de uma linha de cosmética mas, para já, são os perfumes que prendem a sua atenção. Depois do lançamento de Reb’l Fleur, em 2011, e Rebelle, em 2012, a cantora anunciou recentemente Nude, a sua terceira fragrância. Com apresentação agendada para dia 23 de Novembro, na retalhista Macy’s, não haverá melhor maneira de abrir a temporada oficial para as compras natalícias. Se Reb’l Fleur é intenso, sexy e audaz, Rebelle é mais frutado e floral. Para Nude, a performer quis partilhar o seu lado mais pessoal, escolhendo elementos como a pêra e gardénias, que lembram a sua infância na cidade de São Miguel, em Barbados.
Os bilhetes para a digressão mundial Diamond estarão à venda a partir de 24 de Novembro. A 28 de Maio de 2013, a digressão passa pelo Pavilhão Atlântico, em Lisboa.
Para além do novo álbum, da nova digressão e do novo perfume, a cantora viu ainda serem reveladas duas estátuas suas em cera no mesmo dia. Uma no museu Madame Tussauds no hotel Venetian, em Las Vegas, e a segunda no museu com o mesmo nome em Hollywood. Com apenas 24 anos, Rihanna já deixou um marco incontornável na cultura pop.