A justiça francesa condenou nesta terça-feira uma revista cor-de-rosa a pagar mais de cem mil euros por danos e juros ao príncipe William e à mulher, Kate, por ter publicado fotografias da duquesa de Cambridge em topless.

A directora da redacção e o director de publicação da Closer foram ainda condenados a pagar uma multa de 45.000 euros pelo tribunal penal de Nanterre (Oeste de Paris) neste caso, que chocou a família real britânica.

A duquesa e o marido, segundo na ordem de sucessão ao trono britânico, irão receber cada um mais de 50.00 euros por danos e juros, bem abaixo dos 1,5 milhões de euros que pediam.

Todos os arguidos foram declarados culpados de violação da privacidade ou de cumplicidade.

O advogado da revista, Paul-Albert Iweins, considerou que o valor da indemnização “está conforme com a jurisprudência”, mas classificou a multa como “exagerada para um simples caso de ordem privada”.

O advogado do casal britânico, Jean Veil, escusou-se a fazer comentários, afirmando que o Palácio de Kensington irá manifestar-se na sequência da decisão.

No julgamento, no início de Maio, o advogado leu uma carta em que o príncipe William considerava os factos “particularmente dolorosos, porque recordam o assédio que originou” a morte da mãe, Diana.

O procurador pedira por seu lado multas “muito significativas” contra os dois representantes da Closer — Laurence Pieau, directora da redação, e Ernesto Mauri, director de publicação — e contra dois fotógrafos da agência parisiense Bestimage, Cyril Moreau, 32 anos, e Dominique Jacovides, 59 anos, suspeitos de terem tirado as fotografias. Os dois fotógrafos, que negam qualquer implicação no caso, foram condenados a penas suspensas de dez mil euros de multa cada um.

As fotografias de Kate, publicadas na Closer e num jornal regional em 2012, um ano após o casamento real, foram tiradas com uma teleobjectiva quando a duquesa e o marido tomavam aparentemente banhos de sol num pátio numa residência privada na região francesa da Provença.