Num processo de tribunal que começou esta semana, Taylor Swift acusa o DJ de rádio David Mueller de a ter apalpado nos bastidores de um dos seus concertos, enquanto posavam para as câmaras. Na terça-feira, o advogado da cantora disse que Mueller "agarrou o seu traseiro".

O incidente aconteceu em Junho de 2013. Apesar de, se as acusações forem verdadeiras, ser considerado crime segundo a lei local, Swift não apresentou imediatamente queixa às autoridades. De acordo com os seus advogados, citados pela BBC, a cantora queria manter a situação "discreta, calma e confidencial". Foi Mueller que primeiro processou Taylor Swift, alegando que as suas falsas acusações lhe teriam custado o seu emprego de 150 mil dólares por ano, na estação de rádio KYGO, e exigindo uma compensação de três milhões de dólares.

Em resposta, Swift processou Mueller, um mês depois, pedindo um valor simbólico de um dólar e argumentando querer servir de exemplo para outras mulheres assediadas.

Na terça-feira, foi mostrada ao júri uma fotografia tirada durante a altura do alegado assédio – na qual ambas as partes se apoiam para provar os seus argumentos. A fotografia – onde Swift, Mueller e a sua namorada, Shannon Melcher, posam juntos –, estava em segredo de justiça, mas foi mais tarde divulgada pelo site TMZ.

Taylor Swift -- The 'Sexual Assault' Photo I Wanted to Keep Secret (PHOTO) https://t.co/qT5FRZLo4T

— TMZ (@TMZ) November 12, 2016

Em testemunho, Mueller negou veementemente todas as acusações que lhe são feitas. "A minha mão entrou em contacto com parte do corpo dela. Senti o que parecia ser um caixa torácica ou uma costela", disse, citado pela Variety. Contou ainda que depois da fotografia os dois deram um aperto de mão e que só mais tarde, quando estava a sair da arena do espectáculo, foi abordado por um segurança, que lhe mostrou a fotografia e o acusou de ter assediado a cantora.

O processo tem uma duração prevista de nove dias e espera-se que Taylor Swift dê o seu testemunho nos próximos dias. A sua a mãe e o fotógrafo que estava presente deverão testemunhar, bem como Shannon Melcher, em defesa do namorado.

À porta do tribunal, na terça-feira, estavam uma série de fãs para tentar conseguir um dos 75 lugares na sala, que está aberta ao público.

Notícia corrigida a 10 de Agosto: O incidente ocorreu em Junho de 2013, e não Setembro de 2015, quando David Mueller foi demitido.