Concurso
A cadela Martha foi eleita a mais feia do mundo. Nem todos concordam
“Espelho meu, espelho meu, há algum cão mais feio do que eu”? O júri do concurso diz que não, a Internet diz que sim.
“Espelho meu, espelho meu, há algum cão mais feio do que eu”? O júri do concurso diz que não, a Internet diz que sim. Martha, um mastim napolitano de três anos, venceu a 29.ª edição do concurso de cão mais feio do mundo – que elege cães “mais bonitos por dentro do que por fora”.
A cadela Martha, com o seu focinho enrugado característico da raça mastim napolitano, venceu o prémio de cão mais feio do mundo de 2017, cuja 29.ª edição aconteceu neste sábado, na Califórnia, EUA. Mas nem tudo é mau: ser considerada a cadela mais feia fez com que a sua dona ganhasse um prémio de mais de 1300 euros e, afinal, nem toda a gente concorda com a sua fealdade.
Com três anos e quase 57 quilos, Martha foi conduzida ao palco com a sua dona, Shirley Zindler, onde competiu com 13 outros cães pelo título. O voto do júri é feito com base “na aparência e na personalidade do cão”, assim como pela reacção do público. A Associated Press escreve que Martha conquistou o júri ao deitar-se no chão do palco, sem fazer quaisquer truques como faziam os outros cães. Segundo os organizadores da iniciativa, a cadela irá agora para Nova Iorque para “aparências mediáticas”, escreve a BBC.
No Twitter e noutras redes sociais, há quem vá contestando a decisão. “Aos meus olhos, a Martha é a cadela mais bonita do mundo”, escreve uma utilizadora. Outras opiniões vão ecoando pelo Twitter: “Ouçam, a Martha é uma cadela bonita e eu só quero abraçá-la e amá-la” ou “a Martha é um sonho de cão e é linda”.
Martha's expansive jowls earned the 3-year-old Neapolitan mastiff a prestigious honor: World's Ugliest Dog https://t.co/KzCk0SDEjc
— NPR (@NPR) 24 de junho de 2017
Por norma, os cães que participam nestes concursos foram anteriormente abandonados e resgatados – um dos objectivos do concurso é, precisamente, sensibilizar para a adopção de animais. Shirley Zindler, a dona de Martha, explicou que a sua cadela tinha sido abandonada e que quase ficou cega por negligência. Depois de várias operações, a cadela recuperou a visão e já não tem dores.
De acordo com a página da iniciativa, o concurso pretende eleger o cão que, apesar de não ser o mais bonito, é “adorável e adoptável à mesma”, ou seja, “um cão que é mais bonito por dentro do que por fora”. O objectivo é mesmo esse: olhar além das imperfeições e dar a entender que um cão não tem de ser bonito para ser uma boa companhia.