De Norte a Sul, os estudantes do 12.º ano preparam-se para a meta final do seu percurso escolar. É um dos marcos da vida pelo qual se passa uma vez apenas – e se as notas finais e os exames nacionais ainda se vão arrastar por mais algum tempo, a época dos bailes de finalistas está já à porta.

Assim, o Life&Style deixa algumas dicas para se preparar e para o próprio dia.

Planear um programa com fotografias

Nem todas as escolas organizam o baile de finalistas – a tradição é mais forte noutros países, como os Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o contacto com a cultura norte-americana é grande e é inevitável que o imaginário em torno da prom esteja presente na mente de quem se prepara para este ritual de passagem.

As tradições são, ainda assim bem diferentes: não há corsages (flores), votações de prom king and queen ou – regra geral – elaborados preparativos para convidar uma pessoa a ser o seu par. Mas uma tradição que se pode copiar para mais tarde recordar é a de se juntar, horas antes da festa, com os amigos para tirar fotografias e desfrutar do dia.

Apesar de, provavelmente, haver um fotógrafo no baile, esta é uma forma de aproveitar o facto de estarem todos arranjados e, seguramente, chegar ao final com fotografias mais relaxadas, de momentos mais descontraídos. É também uma maneira de prolongar o dia de festa.

 

4 more days and we're outta here #seniorprom

Uma publicação partilhada por ell (@ellieescobarr) a Jun 4, 2017 às 5:53 PDT

Praticar tudo antes

Nada como um ensaio geral, para se certificar que está tudo preparado e, caso seja preciso, ter tempo para fazer os ajustes necessários, de maneira a evitar surpresas de última hora – como perceber que a carteira não condiz com a cor do verniz –, além disso, permite ainda eliminar alguma ansiedade.

Então, há que fazer um teste completo: roupa, penteado, maquilhagem e acessórios. Ao fazê-lo, vai perceber quanto tempo será necessário para os preparativos no dia do baile – assim não terá de começar com demasiada antecedência nem ficar sem tempo para os últimos retoques porque os amigos já estão à espera há meia-hora.

Ainda no tema da preparação, deve começar o regime de beleza com alguns dias de antecedência – por exemplo, reduzir o consumo de alimentos com gordura ou óleo em excesso para evitar borbulhas.

Mais: não se perde nada em equipar a mala com pequenos objectos que podem vir a ser bastante úteis, como alfinetes-de-ama (caso uma alça do vestido se rompa) e umas sabrinas compactas (para quando já não conseguir dançar de saltos e quer continuar a divertir-se).

Vestidos e fatos de última hora

Convém começar a pensar na roupa com várias semanas ou até meses de antecedência. Nesta fase do campeonato, vestidos à medida e encomendados em sites que demorem muitos dias a chegar estão assumidamente postos de parte, mas não é preciso entrar em pânico, nada que uma visita ao centro comercial não resolva. O Life&Style juntou na fotogaleria algumas sugestões.

Lidar com as ansiedades 

A antecipação da noite do baile de finalistas é motivo para entusiasmo, mas também para alguma ansiedade. A melhor forma de lidar com esse sentimento – e evitar que isso afecte a festa – é preparando um plano de acção, diz o pedagogo Renato Paiva. "Clarificar que tipo de situações é que podiam correr menos bem, desvalorizando-as com contra-argumentos" e responder a questões como "não sei se a noite vai ser divertida" com possíveis soluções, como o que é que eu posso "ir preparando para a noite ser mais divertida".

A palavra-chave é prevenir, pois, continua o pedagogo, "reagir por impulso é o que geralmente dá mais asneira, porqueos adolescentes não pensam muito naquilo que vão fazer e pode ser mais preocupante".

Assim, há um exercício simples que pode fazer: "divide um papel ao meio, de um lado o que me preocupa, do outro lado o que é que eu posso fazer para salvaguardar esta preocupação". Pode ser uma reflexão individual ou com a ajuda dos amigos, pais ou professores.

Evitar comportamentos de risco

Seguindo a lógica do conselho anterior, planear como a noite vai decorrer é uma forma de assegurar um maior nível de segurança. Além de beber com moderação, convém ter, por exemplo, uma pessoa no grupo responsável por guiar o carro depois da festa.

Renato Paiva não deixa de alertar para o "cuidado com os excessos", de forma a que "seja uma noite memorável por boas razões e não propriamente pelas lamentações que se possam ter a seguir".

Em relação aos comportamentos de risco – álcool, drogas, sexo sem protecção – que os adolescentes possam ter, o pedagogo aconselha os pais a partir de uma posição de confiança. "É sempre importante que haja essa salvaguarda, sempre numa vertente mais positiva do 'eu confio que não vais beber em excesso, meter-te em confusões', do que tudo o resto. Mais no sentido de encorajar aquilo que quero que aconteça".

Claro que essa relação de confiança tem de vir de trás, "não é algo que se trabalhe apenas para o dia, mas ao longo do tempo", ressalva ainda.