Sacos de algodão: mais prático não há
As 'tote bags' vieram para ficar. Levam as compras, a roupa para o ginásio, os sapatos para trocar no emprego ou o almoço.
As malas de algodão cru inundam as redes sociais. Estão à venda em lojas de brindes e nas dos museus, com mensagens de teor político ou com desenhos de Frida Kahlo ou o rosto de Michelle Obama.
As malas de pano que andam no ombro de meio mundo são ecológicas e personalizáveis. Nasceram na década de 1950 como um utensílio usado pelas donas de casa para tarefas domésticas, mas foi na década de 1980 que surgiu uma daquelas que é considerada das mais famosas, a tote bag da icónica livraria de Nova Iorque, The Strand. Só em 2016 foram vendidos mais de 89.000 sacos desta livraria.
Mas, em questões ambientais, os sacos de algodão podem realmente ser piores do que os sacos de plástico. Em 2008, a Agência de Meio Ambiente do Reino Unido, a UK Environment Agency (UKEA), publicou um estudo sobre o recurso a vários tipos de sacos. Surpreendentemente, os autores descobriram que nos padrões típicos de uso e eliminação, os consumidores que procuram minimizar a poluição e as emissões de carbono devem usar sacos plásticos e reutilizá-los pelo menos uma vez. Os sacos de algodão, segundo o estudo, são uma maior ameaça ao ambiente, uma vez que exigem mais recursos para produzir e distribuir.
No entanto, continuam a ser vistos como uma opção mais ecológica e são vendidos em lojas e supermercados com preocupações ecológicas.
Na Internet vendem-se sacos de algodão cru baratos e que podem ser personalizados por quem os compra. Também vários ilustradores e artistas plásticos criam as suas versões de tote bags para eternizar o seu trabalho; e os fãs das obras de arte conseguem assim, a um preço mais acessível, adquirir um destes exemplares.
Muitos museus e serviços de turismo das grandes capitais europeias desenham linhas de tote bags e até já há um livro sobre o tema.
Texto editado por Bárbara Wong