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Bonecas

Alta, baixa, gorda... assim é a nova Barbie

A Mattel criou novas bonecas que já não obedecem ao ideal de beleza feminina.

A famosa boneca Barbie já não é alta e magra. Agora pode ser ainda mais alta, ou baixa, ou com curvas mais acentuadas. O ideal de beleza estereotipada deu lugar a uma boneca, ou a várias bonecas, com formas comuns. Afinal, não há mulheres fisicamente perfeitas.

As novas Barbie Fashionistas estão nesta quinta-feira na capa da norte-americana Time, amanhã estarão em alguns dos principais órgãos de comunicação social de cada país – em Portugal foi escolhido o PÚBLICO – e revelam que, ao fim de 56 anos, é possível brincar com versões mais "redondas", "pequenas" ou "grandes", além de terem cores de pele diferentes.

"A Barbie é um reflexo do mundo em que as meninas vivem", declarou Richard Dickson, CEO da Mattel, em comunicado citado pela AFP. "Achamos que temos uma responsabilidade para com as meninas e os seus pais de reflectir uma visão mais ampla da beleza", argumentou Evelyn Mazzocco, vice-presidente e gerente geral da marca Barbie.

Recorde-se que a Mattel não é o primeiro fabricante de bonecas a quebrar a ditadura da mulher ideal. No final de 2014, um jovem designer gráfico de Pittsburgh, Nickolay Lamm, lançou Lammily, uma boneca cuja aparência real, com acne e celulite.

Antes disso, a GoldieBlox, uma start up norte-americana fundada em 2012, defendeu a necessidade de alterar o padrão de beleza dominante. “Acreditamos que há um milhão de raparigas que querem ser engenheiras em vez de princesas. Podem ainda não o saber mas a GoldieBlox pode mostrar-lhes o caminho”, afirmam no site oficial e criou uma boneca de acção, por oposição às Barbies que mal se mexem em cima dos seus saltos altos.

Segundo a Time, as vendas da Barbie têm vindo a descer nos últimos anos e, em Março passado, a Mattel lançou uma nova boneca falante. Resta saber se as novas Fashionistas vão conseguir catapultar a marca.