Calendário Pirelli
As modelos não convencionais do calendário Pirelli 2016
Ao invés das habituais 12 modelos sensuais, Annie Leibovitz, fotógrafa da edição de 2016 do calendário mais famoso do mundo, escolheu Serena Williams, Patti Smith ou Yoko Ono.
As 12 fotografias (uma por cada mês do ano) do 43.º The Cal, como é conhecido na indústria (um diminutivo para “calendário”), para o ano 2016, serão reveladas no fim de Novembro, em Londres.
No calendário do ano 2015, a Pirelli incluiu, pela primeira vez na sua história, uma modelo plus size, Candice Huffine. Para o próximo ano, alarga o espectro a modelos não convencionais: a tenista Serena Williams, a cantora Patti Smith, a compositora Yoko Ono, a escritora Fran Lebowitz, a comediante Amy Shumer, a escritora Tavi Gevinson, a realizadora Ava DuVernay, a modelo russa Natalia Vodianova, a filantropa Agnes Gund, a produtora Kathleen Kennedy, a executiva Mellody Hobson, a artista visual Shirin Neshat e a actriz Yao Chen serão as protagonistas.
“Comecei a pensar nos papéis que as mulheres desempenham, mulheres que alcançaram algo. Quis fazer uma série de retratos clássicos”, explicou a fotógrafa escolhida para o calendário de 2016, Annie Leibovitz, responsável, também, pela produção do ano 2000. “Este calendário é completamente diferente. É uma mudança. A ideia foi não ter qualquer pretensão nestas fotografias e ser sincero”, acrescentou em entrevista à revista Vogue norte-americana. O objectivo foi, então, fotografar mulheres pouco convencionais, que não se encaixam nos cânones da "mulher perfeita" mas que têm um intelecto e personalidade distintos.
As protagonistas do calendário para o ano 2016, cujas fotografias foram tiradas em Julho, foram anunciadas pela Pirelli na conta de Twitter, esta terça-feira, num curto vídeo.
O convite a figuras de referência para o calendário, habitualmente associado a fotografias com modelos sensuais e com pouca (ou nenhuma) roupa não foi difícil, adiantam. Esta versão será uma “mudança radical e inspiracional em relação a anos anteriores”.
Para o Independent, este novo calendário é uma “uma boa notícia”, uma vez que nos últimos anos várias pessoas criticaram a noção “ultrapassada” e “anti-feminista” da sua representação das mulheres.
A edição de 2015, fotografada por Steven Meisel e com styling de Carine Rotfield, foi considerada umas das mais provocantes de sempre.