Modelos
Modelo com vitiligo mostra diversidade na passerelle
Chantelle Brown-Young, uma modelo canadiana de 20 anos, foi a primeira mulher com vitiligo a desfilar para uma marca conhecida internacionalmente.
Depois de Jamie Brewer, a primeira mulher com síndrome de Down a pisar uma passerelle, é a vez de Winnie Harlow, um alter-ego criado por Chantelle Brown-Young para ganhar mais confiança, uma doente de vitiligo – uma doença cutânea caracterizada pelo desaparecimento da pigmentação da pele – estar na luz da ribalta.
Na semana da moda de Nova Iorque, que termina esta quinta-feira, Harlow foi a estrela do desfile da extravagante e colorida Desigual – a modelo de 20 anos já tinha desfilado também em Madrid para a Desigual, na mesma passerelle onde três criadores portugueses mostraram as suas propostas para o próximo Inverno – e é agora o rosto da marca de jeans Diesel.
“Sinto que a indústria está a abrir cada vez mais os olhos”, disse à BBC depois do desfile. “Até as top model agora têm muito mais personalidade. É isso que as pessoas estão à procura… alguém com que se consigam relacionar, uma pessoa real”.
A doença foi-lhe diagnosticada aos quatro anos e apesar do bullying que sofreu durante vários anos devido às manchas brancas na pele negra – chamaram-lhe “vaca” ou “zebra” – e os “nãos” de várias agências de modelos, nada a impediu de lutar pelo seu sonho. Em Maio de 2014 foi escolhida para o programa de televisão American’s Next Top Model, apresentado por Tyra Banks, e desde então várias portas no mundo da moda foram abertas.
Mas embora esteja orgulhosa da sua pele, Harlow diz que não é aquela que a define. “Eu não sou a minha pele. Se um dia a minha pele for toda negra, continuo a ser modelo. Se for toda branca também”, frisou em entrevista ao Guardian.
O site de moda e tendências Refinery 29 aplaude a diversidade. “É importante notar que Harlow faz também parte de outro grupo de mulheres muitas vezes excluído dos desfiles: as mulheres negras”, acrescenta a publicação online.