Nuno Ferreira Santos

Estudo

Mulheres com amigos homens têm mais relações sexuais

As mulheres com amigos e colegas de trabalho homens tendem a ter mais relações sexuais com o namorado do que aquelas que têm mais amizades femininas. A "culpa" é do ciúme masculino "inconsciente".

O estudo, publicado no Journal of Comparative Psychologye realizado por investigadores da Universidade de Oakland, nos EUA, sugere que, tal como os machos “não-humanos”, que identificam o número de potenciais rivais sexuais dentro do seu ambiente para avaliar a ameaça, os humanos também avaliam os seus “rivais”.

Foi pedido a 393 homens comprometidos, numa relação heterossexual duradoura e sexualmente activa, que classificassem quão sexual e fisicamente atraente achavam a companheira, quantos amigos do sexo masculino tinha e a regularidade das relações sexuais.

Os resultados mostraram que os homens que têm uma companheira com vários amigos do sexo masculino – “potenciais rivais sexuais” – que a vêem como “atraente”, têm mais relações sexuais.  É “a competição do esperma”, definem os autores do estudo. O companheiro de uma mulher com muitos amigos homens tem, inconscientemente, um impulso e uma necessidade de ser sexualmente mais activo para se manter na liderança da “corrida”.

Todd K. Shackelford, professor de psicologia na Universidade de Oakland e co-autor do estudo, explicou ao Huffington Post que é “altamente improvável” os homens terem noção que estão a iniciar a actividade sexual com base no ciúme. “Este comportamento é observado em várias espécies, desde ratos a pássaros e insectos”, esclareceu.

“Há estudos que mostram que os homens ficam excitados sexualmente quando percebem que há uma grande probabilidade de traição por parte da namorada”, disse Michael Pham, investigador responsável, ao site norte-americano Fusion.  “Isso não quer dizer que os homens querem ser traidos pelas mulheres. É um comportamente que faz parte da natureza humana. Precisamos de ser lembrados que o nosso companheiro é valioso para nós e desejável para outros”, acrescenta.

Mas, alerta Shackelford, não se sabe o impacto que esta descoberta pode ter em relações saudáveis, é apenas uma forma de entender melhor o comportamento sexual do parceiro.