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Como explicar o que é um predador sexual aos mais pequenos?
Proteger os filhos é uma prioridade para todos os pais. Mas há certos assuntos que são difíceis de explicar. Como falar de predadores sexuais a uma criança?
Há um site que facilita as conversas difíceis através de vídeos educativos.
O objectivo é proteger os mais novos dos abusos sexuais e dos predadores explicando mas sem os traumatizar. Afinal, como sabemos que uma pessoa é má? Não é através do sorriso maléfico, dos olhos grandes e vermelhos nem dos dentes grandes que vemos nos desenhos animados.
“As pessoas más podem não parecer más pessoas. Podem ter bom aspecto, cheirar bem e serem cool”, começa por explicar a Miss P, um dragão do sexo feminino que ensina conceitos básicos de protecção contra desconhecidos a um grupo de quatro meninos e meninas.
A “educadora” ensina o que são as partes íntimas de cada um, falando dos órgãos sexuais e explicando que não podem mostrá-los nem ser obrigados a mostrar a ninguém, a não ser aos pais que cuidam deles, para os lavar ou ver se estão magoados, ou alguém que tenha a sua guarda, desde que com o conhecimento e aprovação dos pais.
Na curta animação com cerca de sete minutos, são explorados cinco alertas: ver, falar, tocar, estar sozinho e agarrar. O see alert (quando alguém mostra as partes privadas ou obriga a mostrar), talk alert (quando alguém fala sobre os órgãos sexuais) e touch alert (quando alguém toca nas partes íntimas ou pede para tocar) são os três primeiros avisos. “Ninguém tem permissão para falar, tocar ou ver as nossas partes privadas”. Há ainda o alone alert, quando um estranho nos aborda sem que esteja ninguém por perto e o hold alert, quando alguém agarra, abraça ou beija sem consentimento. “Se não gostarem da maneira como alguém vos agarra, têm de dizer 'não' e ter coragem de contar a alguém em quem confiem”, alerta Miss P.
O vídeo faz parte de uma plataforma online chamada “How to tell your child” ("como dizer ao seu filho", em português) que tem vários episódios com explicações sobre assuntos “difíceis” ou “constrangedores”.
A ideia partiu de uma mãe de duas meninas que, explica no site, sempre que tentava falar com as filhas sobre abuso sexual de crianças ou puberdade, via a confusão e apreensão nos seus olhos. “Quis tornar as coisas mais fáceis para mim e para os pais um pouco por todo o mundo. Estes dragões tornam as lições constrangedoras em momentos de aprendizagem divertidos”, explica.