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Estudo

Beber e comer carne pode aumentar a fertilidade masculina

Afinal, beber cerveja, com moderação, tem vantagens. Investigadores descobriram que os homens que bebem um copo da bebida à noite e comem carne, vêem a sua fertilidade aumentar e o desempenho sexual melhorar.

Segundo o estudo feito por investigadores da Universidade de Massassuchets, ao consumir cerveja, as probabilidades de um homem ser pai, duplicam. Se o objectivo for, realmente, começar uma família, o mesmo estudo alerta que beber dois cafés fortes por dia diminui essas mesmas probabilidades.
 
Para chegarem a estas conclusões, entre 2007 e 2013, foi pedido a 105 homens, com uma idade média de 37 anos, cujas mulheres tinham iniciado o processo de fertilização in vitro, que preenchessem questionários sobre a dieta que seguiam antes do tratamento, incluindo os hábitos de consumo de bebidas alcoólicas e bebidas com cafeína.
 
Os testes realizados concluíram que não havia nenhuma relação entre a qualidade do esperma e o consumo destas bebidas. No entanto, aqueles que bebiam mais álcool, tinham 57% mais probabilidades de uma sessão de fertilização in vitro resultar numa gravidez do que os que tinham bebido menos. Já o consumo de mais de três chávenas de café por dia baixava essa percentagem para 19% de sucesso. "O consumo social de bebidas alcoólicas pode funcionar como benéfico para os casais que estão a tentar ter um filho, seja de maneira natural ou assistida, porque ajuda a reduzir o stress", explicou o médico Allan Pacey.
 
Ao mesmo tempo, outro grupo de investigadores norte-americanos da Universidade de Medicina da Califórnia, levou a cabo um estudo complementar sobre a alimentação masculina e depois da análise aos hábitos alimentares de 26 vegetarianos, cinco vegans e 443 não-vegetarianos, concluiu que os homens vegetarianos têm uma concentração de esperma menor do que aqueles que comem carne todos os dias. 
 
"Estes estudos fornecem novas informações que podem ajudar os homens a fazer escolhas saudáveis para eles próprios, para as suas companheiras e os futuros filhos", disse Rebecca Sokol, presidente da Sociedade Americana para a Medicina Reprodutiva durante um congresso anual em Honolulu, no Hawai.