PÚBLICO

Investigação

Um novo estudo confirma que as mulheres sofrem mais com as separações

Afinal, as mulheres não são dramáticas sem motivo, elas sofrem mesmo mais no fim de uma relação. Mais stress e mais consumo de substâncias são as consequências de uma separação para uma mulher.

Para chegar a estes resultados, investigadores da Gallup, uma empresa de pesquisa norte-americana responsável pelo estudo, entrevistaram mais de 130 mil norte-americanos, adultos, com estados civis variados: solteiros, em união de facto, casados, divorciados ou separados e analisou o bem-estar de cada um de acordo com um número de elementos avaliados de 1 a 5.

Os casados obtiveram o resultado mais alto a nível de bem-estar, independentemente do género. No entanto, em comparação com os homens, as mulheres tiveram uma pontuação mais alta de bem-estar em todas as categorias de relacionamento, excepto uma: as mulheres separadas sentem-se pior que os homens, têm níveis de stress mais elevado, sentem-se mais deprimidas e têm tendência a consumir mais substâncias para “relaxar”.

Quase 30% das mulheres separadas ou divorciadas disseram tomar calmantes e outras drogas medicamente prescritas “quase todos os dias”; já no sexo masculino, só 25% dos inquiridos separados disse utilizar este tipo de substâncias. No grupo dos casados ou numa relação, apenas 17% disse tomar algum tipo de substância e os níveis de stress são mais baixos.

A Gallup teorizou ainda que esta discrepância entre homens e mulheres que sofrem uma separação tem a ver, também, com o factor económico. Dizem os investigadores que, nos Estados Unidos, os homens têm salários mais altos que as mulheres e, depois de um divórcio, as mulheres têm mais probabilidades de experienciar problemas financeiros.