Dois sociólogos da Universidade de Nova Iorque concluíram que as mulheres olham para os homens mais altos como uma “excelente aventura” mas vêem os mais baixos como “companheiros ideais” para casar e criar uma relação séria e duradoura.

Segundo os investigadores Dalton Conley e Abigail Weitzman, a altura é vista como um sinal da masculinidade e os homens considerados mais atraentes são favorecidos em inúmeras situações. Contudo, embora os homens mais altos tenham várias relações esporádicas, os mais baixos são os que têm casamentos mais estáveis. “Os homens mais baixos casam mais tarde mas, uma vez casados, a tendência é para que fiquem na relação mais tempo e mais felizes”, escrevem.

Para chegar a esta conclusão, os investigadores utilizaram dados da Universidade de Michigan – que nos últimos 50 anos já recolheu informações demográficas de mais de cinco mil famílias – para analisar o impacto que a altura de um homem tem na relação depois do período inicial de namoro. A amostra foi limitada a casais heterossexuais com idades compreendidas entre os 23 e os 45 anos.

Numa primeira análise, descobriram que os homens mais baixos tinham menos probabilidade de se casarem por serem considerados menos masculinos. “Uma mulher com uma visão tradicional de género acha-os menos desejáveis”, diz Weitzman. Mas, uma vez encontrada a companheira, a taxa de divórcio é 32% mais baixa. “Há algo distinto nas mulheres que escolhem casar com um homem mais baixo”, acrescenta.

Os sociólogos concluíram também que um homem mais baixo faz mais trabalho doméstico e tem um salário mais chorudo que um homem alto, o que faz deles melhores companheiros. “Os homens altos estão mais conscientes do estatuto que lhes é conferido pela sua altura” explica a socióloga, sendo esse o motivo mais provável para colaborarem nas lides da casa. Enquanto um homem baixo gasta mais de oito horas com as lides domésticas, um alto passa menos uma hora. 

"Os homens mais baixos não são melhores companheiros e têm casamentos mais estáveis por estarem desesperados para agradar. Eles estão desesperados para vencer", opina o escritor norte-americano Adam Gopnik à BBC, apontando que, por exemplo, "as top models, livres de escolher, optam inevitavelmente pelas estrelas de rock, altas", mas quando as coisas correm mal, é nos ombros dos homens baixos que vão chorar. "As falhas são o verdadeiro preço da livre escolha", diz. E é aí que os homens baixos ganham.