Arben Celi/Reuters

Estudo

A melhor protecção solar não está indicada no preço

Ao serviço do consumidor, Deco Proteste testou os 15 protectores solares mais vendidos do mercado e descobriu que nem sempre a escolha mais cara é a mais acertada.

Dos protectores com Factor de Protecção Solar (FPS) 30 que entraram no teste, seis são vendidos no supermercado, cinco estão à venda em farmácias e apenas quatro são marcas disponíveis em perfumaria. Os preços dos vários produtos começam nos €3,99 e chegam ao valor máximo de €40,70.

Numa primeira fase, o laboratório averiguou o factor de protecção solar, o índice de protecção UVA e a resistência do produto à água e à radiação. A marca francesa Biotherm ficou em último lugar nas provas de qualidade, logo antecedida pelo La Roche Posay. Não comprar estes produtos foi mesmo o recomendado pela associação portuguesa de defesa do consumidor, pois os testes demonstraram que tinham um FPS inferior a 25, ao contrário do FPS 30 anunciado no rótulo de ambos.

Susana Santos, técnica de investigação envolvida no estudo, explicou ao Life&Style que “o laboratório testou de forma igual todos os produtos sem ter conhecimento das marcas. As escolhas têm a ver com os critérios a que damos mais valor”. O factor de protecção e o factor UVA foram os mais cruciais na hora de eleger o melhor produto. Dos 15 produtos analisados, o Nívea Sun Protect & Bronze foi nomeado como o “melhor do teste”.

Na avaliação global, para além dos factores de protecção, foram também tidas em conta características como a absorção do produto e o cheiro. Numa segunda fase, a Deco Proteste pediu a 30 mulheres que experimentassem os produtos, sem conhecimento das respectivas marcas, e que dessem a sua opinião. A loção My Label Beauty (marca Continente) foi apontada pelas voluntárias que realizaram o teste como sendo mais gordurosa e difícil de absorver do que as restantes. No entanto, o produto foi considerado a melhor escolha na relação preço-qualidade.

Não é apresentada uma justificação para que marcas conceituadas, como a Lancaster ou a Shiseido, tenham tido uma avaliação baixa no estudo. Susana Santos adianta apenas que "o consumidor, depois de estar informado, deve escolher a característica pela qual tem preferência" e eleger o produto que quer levar consigo para a praia.

Reutilizar os protectores do ano passado?

Se ainda sobrou algum produto dos banhos de sol do Verão anterior a dúvida instala-se sempre. Podemos mesmo usar o que resta? Um estudo da associação francesa de consumidores Que Choisir revela que o factor de protecção se mantém de um ano para o outro, se este for conservado num local seco e com pouca luz. No entanto, há que verificar sempre a consistência e o cheiro do produto. Importante mesmo é não esquecer o creme em casa e aproveitar o sol da forma mais saudável.