Louis Vuitton
Mais poder no feminino
A luxuosa marca Louis Vuitton, do grupo LVMH, que detém também a Dior e a Givenchy, assinou no início do mês de Julho o "Compromisso europeu pelas mulheres na administração das empresas", da Comissão Europeia (CE), comprometendo-se a aumentar o número de mulheres nos conselhos de administração da empresa nos próximos dez anos.
Se as mulheres dominam no mundo da moda, o mesmo ainda não acontece no lado da administração das marcas, onde predominam os homens nos grandes cargos. Na LVMH as mulheres representam apenas 17 por cento do quadro executivo. O que comparado com outras empresas até é muito, mas não o suficiente e por isso a empresa comprometeu-se a aumentar a percentagem de mulheres nos conselhos de administração para 30 % até 2015 e para 40 % até 2020, promovendo a igualdade no trabalho.
"Congratulo-me pelo facto de a LVMH ter dado o exemplo ao subscrever os objectivos da UE para um maior equilíbrio de género nos conselhos de administração. A LVMH tem normas elevadas e demonstra o seu forte empenho em alcançar o equilíbrio de género. Encorajo vivamente outras empresas cotadas na bolsa a seguirem esse exemplo. Um maior número de mulheres nos conselhos de administração é fundamental para as empresas e vantajoso para a economia", disse em comunicado Viviane Reding, comissária responsável pela Justiça e uma das impulsionadoras deste compromisso, apelando a todas as empresas para que sigam o exemplo.
No mesmo comunicado, Chantal Gaemperle, vice-presidente executiva da LVMH, explicou que a diversidade de género é uma das prioridades da empresa que detém algumas das marcas de luxo mais poderosas do mundo. "O Compromisso reflecte o empenhamento da LVMH em visar normas mais elevadas em todas as suas actividades. Motor essencial do crescimento e da inovação no âmbito das indústrias culturais e criativas na Europa, a assinatura do presente compromisso da União Europeia constitui um marco natural para este grupo."
O "Compromisso europeu pelas mulheres na administração das empresas", que conta já com a assinatura de sete empresas, incluindo a LVMH, pretende combater os números reduzidos da presença feminina nos grandes cargos das empresas, depois de um relatório da CE ter revelado que apenas 12 por cento dos membros dos quadros das maiores empresas europeias são mulheres e em 97 por cento dos casos, quem preside é o homem. O relatório explica ainda que a entrada das mulheres no mundo dos negócios e da administração está a ser feita de uma forma muito lenta, pretendo assim com este compromisso agilizar o processo.
"É tempo de todas as empresas o assumirem e agirem em conformidade. Em Março de 2012, procederei à avaliação da situação e se não observar medidas credíveis de auto regulação, estou disposta a tomar as medidas legislativas necessárias a nível da UE", concluiu Viviane Reding, esperando obter em breve a assinatura de mais empresas europeias.