Turistas carregam as suas bagagens enquanto abandonam a aldeia de Fira, em Santorini
Turistas carregam as suas bagagens enquanto abandonam a aldeia de Fira, em Santorini Alkis Konstantinidis/Reuters

Actividade sísmica intensa leva milhares a abandonar Santorini

De barco ou de avião, milhares de pessoas apressam-se a abandonar a ilha com intensa actividade sísmica desde sexta-feira

 

Milhares de residente e turistas estão a abandonar Santorini, uma das ilhas gregas mais visitada por turistas, devido à intensa actividade sísmica. Em 2023, mais de três milhões visitaram a pequena ilha com 20 mil residentes.

Prevê-se que a intensa actividade sísmica no Mar Egeu, entre as ilhas de Santorini e Amorgos, demore dias ou semanas a abrandar. Entre as duas ilhas existe um total de cinco grandes falhas de mais de 20 quilómetros cada, que podem produzir sismos até 7,3 graus na escala Richter.

A população foi aconselhada a evitar áreas costeiras, devido ao risco de deslizamentos de terra, e a evitarem ajuntamentos em ambientes fechados. As escolas suspenderam as aulas e alguns hotéis começaram a esvaziar as suas piscinas, por ficarem mais vulneráveis com o peso da água.

A Grécia é um dos países mais propensos a terramotos na Europa. Está situada na fronteira das placas tectónicas africana e eurasiática, cuja interacção constante provoca tremores frequentes.

Segundo Akis Tselendis, professor de Sismologia da Universidade de Atenas, o maior perigo que pode surgir desta elevada actividade sísmica na zona é um tsunami, como o que ocorreu perto de Amorgos em 1956, após um terramoto de magnitude 7,3 graus na escala Richter, que causou a morte de 53 pessoas.

Santorini adquiriu a sua forma actual após uma das maiores erupções vulcânicas da história, por volta de 1600 a.C. A última erupção na área ocorreu em 1950.