- Espanha: Traje social usado pelas Gitanas nos princípios do século XIX Sibila Lind
- Espanha: Os trajes começava com uma saia base à qual se iam aumentando camadas e folhos Sibila Lind
- Espanha: As castanholas são um dos acessórios dos trajes femininos e masculinos espanhóis Sibila Lind
- México – Traje de chinaco, o termo que designava os pertencentes à casta na era colonial Sibila Lind
- México – As calças dos chinacos tinham rachaduras, colete, casaco e um lenço na cabeça Sibila Lind
- México – “China poblana” é o traje nacional feminino do México Sibila Lind
- México – É bordado com lantejoulas e missangas,da cor da bandeira Mexicana e representa o calendário asteca e a águia que devora a serpente Sibila Lind
- Nova Zelândia – Traje das ilhas Cook Sibila Lind
- Nova Zelândia – O traje feminino é composto por saias hula verde de fibra Kiriau Sibila Lind
- Nova Zelândia – No traje feminino dos Muori, as mulheres utilizavam uma tatuagem no queixo com o nome de Moko-Kava Sibila Lind
- Nova Zelândia – Saia em linho tratada em lama Sibila Lind
- Nova Zelândia – O traje masculino dos Muori inclui um colar em madre pérola chamado Parau e uma arma de mão chamada Patu Sibila Lind
- Polónia – Os largos cintos dobrados de couro entre 20 e 24 centímetros são enfeitados com pulseiras de bronze, ornamentos em relevo e numerosas fivelas Sibila Lind
- Polónia – Raparigas solteiras usavam tranças e flores de macieira nos seus cabelos para ocasiões especiais Sibila Lind
- Polónia - O traje feminino da região de “Sdeckie” foi usado no Sudeste da Polónia Sibila Lind
- Polónia- A saia é feita de tecido de algodão Sibila Lind
- Polónia - O colete é ricamente bordado com missangas Sibila Lind
- Roménia - O traje de Bristilia, em arco norte da parte da Transilvânia, é um traje utilizado em dias de festa Sibila Lind
- Roménia- O traje masculino consiste numa longa camisa branca com um padrão floral muito colorido Sibila Lind
- Roménia - O chapéu possui um rabo de pavão. É um traje que descreve o orgulho do povo daquele país Sibila Lind
- Roménia - A beleza do traje feminino é feita de cabedal preto bordado e diversas cores, tudo isso acompanhado do chapéu Sibila Lind
- Roménia - O traje feminino consiste numa saia e blusa vermelha e preta bordada Sibila Lind
- Sérvia- No traje feminino de gujllane, traje sérvio do Kosovo, o colete é praticamente todo feito de prata e o lenço contém moedas de prata Sibila Lind
- Sérvia - O traje tem aventais floridos e coloridos, com fios de prata Sibila Lind
- Sérvia - O traje masculino do este da Sérvia, uma área de ovelhas e tem coletes e chapéus feitos em tear Sibila Lind
Folclore
Um traje de folclore é tradição, identidade e moda
Nos Açores, no festival de folclore internacional, 13 grupos de 12 países reuniram-se para mostrar as suas danças e desfilaram os trajes tradicionais.
Ferro de engomar na mão, pés em movimento, música ambiente alta e cantares contagiantes. No Folk Azores, o festival de folclore internacional da ilha Terceira, que vai já na sua 32.ª edição, os participantes aproveitam as pausas para engomar os seus trajes típicos e prepará-los para as actuações – estas roupas, diferentes em cada espectáculo, identificam o seu país e estão imbuídas de história.
Ao início da tarde de sábado, com temperaturas altas na Ilha Terceira, uma rapariga da Nova Zelândia entra na engomadoria improvisada numa sala de aulas do Liceu Emiliano de Andrade para preparar o seu traje do dia seguinte. Espera pacientemente que o ferro aqueça – a saia castanha é feita de serapilheira e precisa do ferro bem quente para alisar as farripas. “Demora imenso tempo”, lamenta, explicando ao Life&Style que todos os fatos do seu grupo de 25 elementos são feitos pelo director e coreógrafo do grupo e que cada um se associa a um momento histórico das ilhas neozelandesas.
Nesta edição do Folk Azores – o evento de folclore passou de COFIT, o nome do comité que o organiza, para Folk para criar um maior reconhecimento internacional – há 12 países representados (Portugal, Colômbia, Equador, Eslováquia, Espanha, França, Itália, México, Nova Zelândia, Polónia, Roménia e Sérvia) e cada um conta um pouco da sua história através da dança. Na iniciativa Folclore na Passerelle, no penúltimo dia do festival, este sábado, cada país apresentou dois trajes femininos e dois trajes masculinos, desfilando e posando como se de um desfile de moda se tratasse, explicando o que cada elemento simboliza para a sua cultura.
Cores fortes, brilhos, tecidos ricos. Um “simples” traje pode ser uma verdadeira obra de arte e moda e “às vezes chega a custar mais de mil euros” devido aos tecidos difíceis de encontrar, diz Cesário Pereira, presidente do Comité Organizador de Festivais Internacionais da Ilha Terceira (COFIT) – a título de exemplo, um dos trajes femininos da Sérvia, o gujllane, tem um colete feito com prata, bem como um lenço para a cabeça e um colar com moedas de prata. Já a maioria dos fatos da Nova Zelândia são simples e com muita pele à mostra, uma vez que são apenas utilizados os materiais que o povo tinha disponível antes de ser colonizado.
A maioria dos fatos, independentemente do país, é também feita à mão, pode saltar de geração em geração e alguns têm pormenores que identificam se uma jovem é solteira ou comprometida – as dançarinas eslovacas não podem mostrar o cabelo se forem casadas enquanto as polacas solteiras devem utilizar o cabelo entrançado e flores de macieira para ocasiões especiais.
A globalização extinguiu diferenças entre as roupas de diferentes povos – a proliferação das lojas de moda rápida contribuiu, também, para o guarda-roupa homogéneo – mas “há sempre um grupo de folclore”, lembra Cesário Pereira, cujas roupas são distintas e permitem a identificação do país. “Não é por acaso que a Sérvia se veste de determinada maneira, que o México tem aquelas saias lindíssimas que fazem desenhos muito giros durante as actuações. No caso de Portugal, quem vai ao Minho e vê alguém com o traje domingueiro e reconhece automaticamente. Quem vai à Madeira, nem precisa de dizer nada, basta olhar para o traje”, enumera.
O Life&Style viajou a convite do COFIT/Turismo dos Açores