Mas haverá também Sangue na Guelra, cavala, pastéis de nata, e até fruta, anunciou o responsável do festival, Duarte Calvão, durante um almoço (de peixe claro, e que incluiu até um gelado de ostra) no Assinatura, restaurante do chef Henrique Mouro, um dos dez presentes na edição deste ano.

Entre os chefs portugueses que também vão passar pelo auditório do festival destaca-se a presença, pela primeira vez, de Tomoaki Kanazawa, do restaurante japonês Tomo, em Algés – “um local sagrado da gastronomia nipónica”, sublinha o texto de apresentação. Mas há muitos outros: Alexandre Silva (agora no restaurante do Hotel Marmóris, em Vila Vilosa), Bertílio Gomes (Chapitô à Mesa), Fausto Airoldi, José Avillez (Belcanto), Leonel Pereira (São Gabriel), Marlene Vieira (Avenue), Miguel Castro e Silva (Largo e DeCastro), Nuno Diniz (York House), Nuno Barros (Mercado 1143), e Vítor Sobral (Tasca da Esquina e Cervejaria da Esquina).

O modelo do Peixe em Lisboa mantém-se – e, informação relevante para os tempos que correm, os preços não sofrem alteração: haverá dez restaurantes a funcionar diariamente entre as 12h e as 24, onde se podem provar pratos de peixe e marisco a 5 e a 8 euros. A entrada custa 15 euros e dá direito a uma degustação de 5 euros, uma bebida de 1,50 euros e um copo para a prova.

De segunda a sexta entre as 12h e as 15h uma entrada dá direito a duas degustações de cinco euros e a duas bebidas. E porque estamos em crise haverá um “dia económico” (segunda, 8) em que se aplicará o mesmo sistema de uma entrada/duas degustações/duas bebidas.

A organização, que espera algum aumento do número de visitantes em relação aos 25 mil de 2012, decidiu este ano criar mais 90 lugares sentados, utilizando um espaço situado junto ao Mercado Gourmet, que terá 60 expositores com mais de 500 produtos, que vão do alho negro aos gelados, passando pela doçaria, os vinhos, azeites, e outros.

Entre as principais novidades desta edição há dois jantares muito especiais, que se realizam na Cantina da Estrela. Acontecem nas noites de 7 e 8 de Abril e foram baptizados como Sangue na Guelra. O nome tem uma explicação simples: quem vai cozinhar são os jovens subchefs, ou seja, os “número 2” dos chefs mais famosos.

Da Osteria Francescana (três estrelas), de Modena, Itália, vem Yoji Tokuyoshi, subchefe de Massimo Bottura; e de Londres, do Viajante (de Nuno Mendes, uma estrela) vem Leandro Carreira. Os restantes subchefs vêm todos de Portugal: Matteo Ferrantino do Vila Joya, no Algarve (duas estrelas), Florian Rühlmann do Ocean, também no Algarve (e também duas estrelas), David Jesus do Belcanto, em Lisboa (uma estrela), e João Rodrigues, do Feitoria, Lisboa (uma estrela).

Cada um dos jantares, cuja organização cabe à empresa Amuse Bouche, será da responsabilidade de três chefs, e custará 100 euros. Os seis chefs farão ainda uma demonstração ao vivo para mostrar as potencialidades da cavala, um peixe abundante em Portugal mas ainda pouco valorizado.

Outra novidade deste ano é que o Peixe em Lisboa – que volta a receber a eleição do Melhor Pastel de Nata (há mais de 20 pastelarias a disputar presença, embora só dez possam chegar à prova final) – vai abrir-se também à fruta. “A nossa ideia foi sempre puxar pelo que temos de bom”, explicou Duarte Calvão. “A fruta portuguesa é extraordinária e, a pouco e pouco, estamos a ganhar consciência disso”.

Para o comprovar foram convidados quatro chefs, que irão fazer demonstrações de cozinha utilizando fruta das quatro estações: Fausto Airoldi ficará com as do Outono; Nuno Barros com as da Primavera; Nuno Diniz com o Inverno; e Miguel Castro e Silva com o Verão.

Falta apenas revelar a lista dos restaurantes que este ano estarão presentes no Peixe em Lisboa. E aí, a novidade é a presença de Henrique Sá Pessoa com o seu novo restaurante (ainda por inaugurar), o Cais da Pedra, em Santa Apolónia, e as estreias do Sea Mea – Peixaria Moderna e de A Travessa. Os restantes são: Assinatura (Henrique Mouro), G-Spot (João Sá e André Simões), José Avillez, Ribamar (Helder Chagas), Spazio Buondi/Nobre (Justa Nobre), Tasca e Cervejaria da Esquina (Vítor Sobral) e Umai/Yzakaya (Paulo Morais e Anna Lins).

O Peixe em Lisboa tem um orçamento de 663 mil euros (mais IVA): 270 mil de patrocinadores, 300 mil da Associação de Turismo de Lisboa, e o restante de receitas próprias.

Toda a programação pode ser consultada aqui, onde podem também ser adquiridas as entradas.