• Nuno Ferreira Santos
  • Desfile de Dino Alves
    Desfile de Dino Alves Nuno Ferreira Santos
  • Desfile de Ricardo Preto
    Desfile de Ricardo Preto Nuno Ferreira Santos
  • Nuno Ferreira Santos
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  • Desfile de Ricardo Preto
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  • O ínicio do desfile de Katy Xiomara
    O ínicio do desfile de Katy Xiomara Nuno Ferreira Santos
  • O desfile de Katy Xiomara
    O desfile de Katy Xiomara Nuno Ferreira Santos
  • Nuno Ferreira Santos
  • Bastidores Dino Alves
    Bastidores Dino Alves Nuno Ferreira Santos
  • Bastidores Dino Alves
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  • Bastidores Dino Alves
    Bastidores Dino Alves Nuno Ferreira Santos
  • Bastidores Dino Alves
    Bastidores Dino Alves Nuno Ferreira Santos
  • Bastidores Dino Alves
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  • Desfile de Dino Alves
    Desfile de Dino Alves Nuno Ferreira Santos
  • Desfile de Dino Alves
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  • Desfile de Dino Alves
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  • Desfile de Ricardo Preto
    Desfile de Ricardo Preto Nuno Ferreira Santos
  • Desfile de Ricardo Preto
    Desfile de Ricardo Preto Nuno Ferreira Santos
  • Desfile de Ricardo Preto
    Desfile de Ricardo Preto Nuno Ferreira Santos
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  • Desfile de Ricardo Preto
    Desfile de Ricardo Preto Nuno Ferreira Santos
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    Desfile de Ricardo Preto Nuno Ferreira Santos

38ª edição da ModaLisboa

Na ModaLisboa, o fim é o princípio

O desfile de Katty Xiomara começou pelo fim. Vítor Bastos encenou a sua própria morte. Dino Alves trabalhou a “sombra brilhante”. A noite terminou iluminada pela “luz atlântica” das peças minimais e fluidas em branco de Ricardo Preto. Assim se fez o segundo dia da ModaLisboa.

Uma curta fila de modelos desfila, como se dos últimos vestidos se tratasse. A criadora aparece. As palmas estranham começar tão cedo. A luz muda, o público entreolha-se, a música recomeça e o desfile convencional começa para terminar. Uma hora antes, Vítor Bastos pôs a sua marca V!TOR a olhar para o fim no princípio de uma carreira - encenou a sua própria morte, inspirou-se na performer Marina Abramovic e vestiu os modelos como ele, tudo a negro, com recortes de ídolos eternos (Stones, Led Zepellin), trocando o dia pela noite.

Ao princípio, a escolha de Katty Xiomara parecia um statement - este punhado de modelos e suas roupas são o essencial, vivemos tempos de reconfiguração económica e social, eis-me. Na verdade, a designer, na branca e apertada sala BPI, queria falar-nos do futuro e da escrita do fantástico da década de 1960. E o resultado foi um rewind, de facto, no estilo típico de Xiomara - desta vez, com muito azul royal, uma das cores que salta da passerelle portuguesa até agora.

Já Vítor Bastos, na plataforma LAB, queria encontrar “o Vítor em V!TOR”, como explica, com a colecção “Life and death”. Logo a seguir, depois de muitos atropelos e apertos na já habitual primeira enchente de sexta-feira à noite - a Polícia Municipal acabou a gerir a passadeira que atravessa a rua do Arsenal entre a Praça do Município e o Pátio da Galé -, muito devido ao menor espaço em que toda a 38ª ModaLisboa se acotovela, chegou mais uma dualidade.

Dino Alves, cujo início performativo de desfile marcou pontos, trabalhou a “sombra brilhante” - mais uma vez os tons escuros, com predominância do preto, cinza e estampados a preto e branco num desfile longo.

A segunda noite de ModaLisboa terminou com Ricardo Preto, também na sala principal, para uma “luz atlântica”, conceito aéreo que começou com peças adultas minimais e fluidas em branco, com detalhes de pregueado. Há seis meses, o criador de moda norte-americano Narciso Rodriguez dizia ao PÚBLICO: “Não sou minimalista, sou purista”. Ricardo Preto não é um minimalista e quebrou o purismo inicial com o amarelo, o verde, algumas malhas largas e veludos irisados, fazendo do princípio da sua colecção um fim positivo antecipado de uma sexta-feira em que, decididamente, se trocou o dia pela noite.

Hoje e amanhã, a 38ª ModaLisboa continua em três salas na Baixa de Lisboa, acompanhada por cerca de 400 jornalistas portugueses e estrangeiros e com um total de 22 desfiles.