• Hugo Câmara/Portugal Fashion
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  • AFP/Pierre Verdy
  • O criador Felipe Oliveira Baptista
    O criador Felipe Oliveira Baptista Hugo Câmara/Portugal Fashion

Semana de moda de Paris

Zebras, minas e piratas informáticos

Misturar padrões zebra com roupa de trabalho e apontamentos cyberpunk seria, à partida, só uma grande confusão. No entanto, Filipe Oliveira Baptista conseguiu trazer homogeneidade a uma colecção que conjuga referências muito díspares. Foi o português que mais buzz gerou na semana de moda de Paris.

O criador português radicado em França há mais de uma década divide-se entre a criação em nome próprio e o trabalho enquanto director criativo da Lacoste, dois estatutos diferentes, mas que acabam por se influenciar mutuamente. “Há uma nova curiosidade [pelo meu trabalho]. Através da Lacoste, chegou-me mais atenção”, afirmou. À porta do Cercle National des Armées, ontem essa atenção era comprovada com uma longa fila que esperava para poder ver as suas criações para o Outono/Inverno 2012-13.

Se no dia anterior Fátima Lopes revelou o interior do corpo humano, no segundo dia de desfiles Filipe Oliveira Baptista propôs um mergulho num mundo subterrâneo de referências eclécticas. Sob o título “Underdive”, o criador misturou roupa de trabalho – como casacos oversize e tailleurs – com padrões zebra com botas e pormenores cyberpunk. Um universo de referências algo contraditórias, como o próprio afirmou, mas que assume como o seu ponto de partida para criar. “Encontrei um livro sobre a arquitectura soviética dos anos de 1960/70 e usei algumas coisas dessa arquitectura cósmica. São sobretudo formas que foram coladas camada sobre camada. Ao mesmo tempo, pus-me a pensar em mineiros e em todo o trabalho subterrâneo”. Se lhe juntarmos alguma inspiração punk, em especial cyberpunk, com detalhes rosa, violeta e cobre sobre pele preta envernizada, estaremos a aproximar-nos do resultado final.

A unir estas fontes de inspiração tão distintas está o material. “A pele está em quase todos os looks seja com verniz, com textura em grão ou simples”, explica. Até leggings e gabardines são feitos de pele, num conjunto de peças que ganham variedade pelas diferentes formas como a pele é tratada e contra colada com outros tecidos. “Em tempos de crise, apaixonamo-nos por uma peça antes de a comprar. É o back to desire e coisas especiais”, disse Filipe Oliveira Baptista sobre o papel predominante que deu à pele nesta colecção.

O PÚBLICO viajou a convite do Portugal Fashion