- Badgley Mischka alia a tendência das rendas ao look dos anos 1950, no seu desfile em Nova Iorque Brendan McDermid/REUTERS
- O desfile da Blugirl, na Semana de Moda de Milão, realçou a elegância clássica da renda Stefano Rellandini/REUTERS
- Em Milão, a Blumarine mostrou vestidos em renda de silhueta minimal, em preto (na foto) e em cores ousadas que vão do vermelho ao amarelo Stefano Rellandini/REUTERS
- O padrão cobra imperou no desfile da Gucci, em Milão. A marca italiana juntou cores fortes como o azul-turquesa ao animal print Stefano Rellandini/REUTERS
- A Prada também não passou ao lado da tendência animal e apresenta peças que conjugam o padrão cobra em várias cores, na passerelle de Milão Stefano Rellandini/REUTERS
- A Burberry Prorsum apresentou em Londres a tendência pêlo de uma forma original. Combinou este material com malha e criou volumes inesperados Suzanne Plunket/REUTERS
- Em Milão, a Gucci usou e abusou do pêlo numa multiplicidade de cores, peças e texturas Alessandro Garofalo/REUTERS
- O pêlo colorido, como vemos neste casaco amarelo-açafrão, também teve lugar na colecção da marca Bottega Veneta, que apresentou as suas propostas em Milão Alessandro Garofalo/REUTERS
- Com um aspecto quase de pelúcia: assim é o pêlo desta proposta que Jill Stuart apresentou em Nova Iorque Lucas Jackson/REUTERS
- Just Cavalli associou o pêlo ao look dos anos 1970, na apresentação da sua colecção, em Milão Alessandro Garofalo/REUTERS
- Em Milão, o color block foi a grande aposta da Blumarine Stefano Rellandini/REUTERS
- Jil Sander manteve as cores garridas do Verão na colecção Outono/Inverno, que apresentou em Milão Alessandro Garofalo/REUTERS
- As flores invadiram a colecção Gucci para o Outono/Inverno Stefano Rellandini/REUTERS
- Jil Sander também apresentou propostas floridas nas passerelles da Semana de Moda de Milão Alessandro Garofalo/REUTERS
- As flores chegaram a Nova Iorque pelas mãos da designer Rebecca Taylor Brendan McDermid/REUTERS
- As propostas da dupla Dolce&Gabbana alternaram entre os looks extremamente femininos e os andróginos Alessandro Garofalo/REUTERS
- As linhas do vestuário masculino estiveram presentes na colecção que Yigal Azrouel apresentou em Nova Iorque Jessica Rinaldi/REUTERS
- A exuberância de Emilio Pucci desfilou em Milão sob o brilho das pedrarias Alessandro Garofalo/REUTERS
- Michael Kors aderiu à tendência brilho, sem prescindir da imagem clean Brendan McDermid/REUTERS
- Em Milão, Prada inovou com aplicações invulgares Stefano Rellandini/REUTERS
- Dolce&Gabbana também mostrou brilho na sua colecção Alessandro Garofalo/REUTERS
- A pele continua em destaque nesta estação fria. Aqui vemos uma proposta de DSquared2, em Milão Alessandro Garofalo/REUTERS
- Jil Stuart mostrou que a pele já não é material exclusivo de casacos e acessórios Lucas Jackson/REUTERS
- A pele também marcou presença no desfile de Narciso Rodriguez, em Nova Iorque Lucas Jackson/REUTERS
- A tendência padrões gráficos permaneceu na colecção Outono/Inverno, e teve presença no desfile Adam em Nova Iorque Lucas Jackson/REUTERS
- BCBG Max Azria apresentou propostas de padrões gráficos, também em Nova Iorque Shannon Stapleton/REUTERS
- Esta tendência pretende unir duas artes: a pintura e a moda. Esta foi a proposta de Erdem na Semana de Moda de Londres Paul Hackett/REUTERS
- As malhas saltaram novamente da rua para as passerelles. Alexandre Herchcovitch acolheu-as na colecção que mostrou em Nova Iorque Brendan McDermid/REUTERS
- A Missoni mostrou mais uma vez a sua mestria a trabalhar as malhas Alessandro Garofalo/REUTERS
- Rag&Bone deu uma nova visão das malhas no seu desfile em Nova Iorque Eric Thayer/REUTERS
Tendências Outono/Inverno 2011/12
O carrossel que vai para o frio
A cada seis meses, propostas, tendências, ditados quase escolares, ditaduras cada vez menos lapidares. Aquilo que os criadores fazem nas passerelles dilui-se q.b. antes de chegar às massas. Pode não acreditar em tendências, mas que las hay, las hay.
Porque é que, como quem não quis a coisa, os padrões leopardo se espalharam por todo o lado e chegaram mesmo ao consumidor menos afoito nestas coisas de padrões animais? Pois no Outono/Inverno 2011/12, ganha-se e perde-se. Não há ditames, porque o mundo não esta povoado de fashion victims (e, sendo pragmáticos, o clima financeiro é como a verdade - liberta-nos destas espumas dos dias), mas tudo indica que os padrões cobra vão destronar os felinos, que o pêlo e a pele regressem em força (de preferência falsos ou reciclados), que o brilho continue e que os estampados gráficos e as flores também. O mesmo é válido para o color block (usar toda uma cor forte, em bloco) e para as saias longas e look andrógino (pense em Victor/Victoria ou nos teddy boys).
Perde-se o Verão e a sua leveza, mas chega a renda e a sua decadência. Vamos aos anos 1940, 50, 60 e 70, buscar cores como a beringela ou o açafrão, mas o preto nunca é batido e continua a ser cor de frio - não esquecendo a versão preto e branco e o ar andrógino, algo entre Charlotte Rampling e Diane Keaton.
O clima da estação pede protecção e por isso os casacos e as malhas são garantidos, com versões capa e usos combinados em sobreposição inesperada. Não há melhor defesa do que o ataque e para isso volta o visual combativo, quase militar, que pontua algumas peças. Mais uma volta, mais uma viagem.