Um guia nocturno a sete cores
Onde ficam e como são os bares gays e lésbicos de Lisboa
As referências que ficam aqui são uma pequena amostra de um universo bastante maior. Cada vez mais os donos dos bares e discotecas perseguem o pink money, ou seja, o dinheiro de quem não tem filhos.
Mix Bar Lounge
É o mais recente bar gay da cidade e fica em Arroios, longe dos habituais circuitos nocturnos. Entrada livre, preços baixos e espectáculos de striptease, quer masculino quer feminino, são as apostas dos proprietários do novo espaço, que querem atrair a comunidade brasileira que vive nas redondezas. De segunda a domingo, das 21h às 4h.
Fantasy GLSBT Club
Abriu no final do ano no Jardim Constantino, no mesmo local onde funcionava um clube de strip masculino para mulheres, e está aberto de quarta a domingo. Também tem striptease, e a entrada é paga.
Maria Lisboa
A maior discoteca lésbica da cidade data de 2007 e fica em Alcântara, no mesmo sítio onde estava o velho Rockline. No ano passado a responsável pela casa decidiu que era altura de começar a atrair também clientela gay e straight. Animação e espectáculos às sextas, sábados e vésperas de feriados, das 00h às 06h. Consumo mínimo de dez euros aos sábados e de cinco euros às sextas.
Purex
São várias as atracções deste bar do Bairro Alto com uma decoração deliciosamente kitsch e clientela mais feminina que masculina, dependendo dos dias. Desde logo a cuidada selecção musical com as últimas tendências. Às terças-feiras é noite de discos pedidos: por 50 cêntimos, qualquer cliente pode pôr a tocar um velho vinil dos que existem na casa. De Paco Bandeira aos velhos êxitos do disco sound, vale tudo. Depois, o Purex também abre ao domingo, dia em que muitos estabelecimentos do bairro fecham.
Maria Caxuxa
Na rua mais gay do Bairro Alto, a Barroca, o Maria Caxuxa funciona numa antiga fábrica de bolos. Ao fim-de-semana fica intransitável não só no seu interior como à porta, tal a quantidade de gente que se acumula entre os móveis em segunda mão e a calçada. A música varia entre o lounge e o electrónico e a frequência é mais masculina. Serve tostas. De segunda a sábado das 17h às 2h, aos domingos das 21h às 2h.
Sétimo Céu
Ponto de paragem obrigatório na noite gay, o Sétimo Céu fica junto à panasquina, como chama a comunidade gay ao cruzamento da Rua da Barroca com a Travessa da Espera. Acanhado, daqueles sítios onde se fica na rua a beber. Para ver e ser visto.
Clube da Esquina
Situado também na panasquina, o Clube da Esquina tem dos melhores mojitos do bairro inteiro. Não se assuste se lhe perguntarem de que tamanho quer a bebida aqui também já se aderiu à moda dos baldes de bebidas, sejam cervejas ou caipirinhas. O soalho e a estrutura de madeira da parede à vista ajudam a criar um ambiente acolhedor. Das 21h às 2h.
Woof
Nos tempos que correm passou de moda os rapazes de riso histriónico e voz aflautada. O Woof Lx abriu no ano passado no Príncipe Real e destina-se a gays de barba rija, daqueles que gostam de ter pêlos por todo o lado: na cara, no peito... Todas as primeiras sextas-feiras do mês há uma festa do bigode.
Tr3s
Gerido por três homens, dois belgas e um português, o Tr3s também faz parte da nova leva de bares do Príncipe Real. Tem esplanada e grande variedade de cervejas. De quarta a segunda, das 16h às 2h.
Texto originalmente publicado no Cidades