Capuchinhas em travessas de arroz e bolo de chocolate com violetas. As flores satisfazem três vezes: olhos, nariz e boca.

Três sopas - Caldo Verde, Sopa da Pedra e Açorda à Alentejana - estão entre os dez pratos mais votados até agora para o concurso que pretende eleger as sete maravilhas da gastronomia portuguesa e cujos resultados serão anunciados em Setembro.

A praia de Vieira de Leiria está a apostar no arroz de marisco para atrair turistas, mas os donos dos restaurantes preocupam-se por ver a areia a diminuir. Assim, nem a lagosta de Cuba lhes pode valer.

Carlos e Carmo não param. Têm que ordenhar um rebanho de 100 ovelhas duas vezes ao dia, fazer o queijo e o requeijão, acompanhar a cura, mudar "fraldinhas", tratar os cardos. Fazer queijo da Serra dá muito trabalho. Mas para eles é uma paixão.

Percentagens de gordura, de humidade, de proteína - fazer alheira certificada é trabalho de rigor, pequenos ajustes, uma carne de porco mais saborosa, um pouco mais de galinha... O alho e o azeite são absolutamente essenciais. Mas tudo começa numa padaria.

O pastel de bacalhau provoca polémica. O Norte reivindica-o. Lisboa também. É demasiado popular. Atravessa fronteiras geográficas e classes sociais. Está em todas as tascas. E também nos restaurantes de luxo.

Come-se caldo verde em todo o país, mas no Minho, onde nasceu para dar forças a quem ia trabalhar para os campos, o caldo feito da couve galega que ali cresce estava a ficar esquecido. Agora, aquele que muitos recordam como o sabor da infância, está a querer regressar.

Há em Portugal uma Capital da Chanfana e uma Capital Universal da Chanfana, e verdadeiros entusiastas deste prato feito com carne de cabra velha e vinho tinto. Terá sido inventado em tempos difíceis, mas sobreviveu e quer ser uma das sete maravilhas da gastronomia portuguesa.

Se o frade alguma vez existiu por aqui, ninguém sabe. Mas a história da sopa da pedra era boa e vinha mesmo a calhar para a sopa que José Manuel "Toucinho" inventou nos anos 60. Hoje a sopa faz mexer a economia de Almeirim.